sexta-feira, 31 de julho de 2009

Brasil e Portugal lançam edital para intercâmbio de estudantes de engenharia

O objetivo do programa é apoiar grupos de pesquisa brasileiros e portugueses, pela participação de estudantes de doutorado que sejam membros de grupos de pesquisa, em estágios de doutorado-sanduíche. Os estudantes brasileiros deverão realizar na Faculdade de Engenharia da Universidade do Porto (FEUP) parte de sua tese de doutoramento a ser defendida no Brasil, enquanto os estudantes portugueses deverão realizar em instituições brasileiras parte de sua tese de doutoramento a ser defendida em Portugal.

Poderão ser selecionadas até dez propostas de parcerias compostas por um grupo de pesquisa brasileiro e um da FEUP. Para cada proposta selecionada, o grupo brasileiro será beneficiado com até três bolsas, pelo CNPq, enquanto o grupo português será beneficiado com a mesma cota, pela FEUP. “O que buscamos é o intercâmbio entre grupos de pesquisa, em que os pesquisadores elaborarão um projeto conjunto entre os dois países para concorrer às bolsas”, afirmou o presidente do CNPq, Marco Antonio Zago.

O proponente da proposta ao CNPq deve ser brasileiro ou estrangeiro com visto permanente (exceto português), residente no Brasil, ter vínculo formal/empregatício/funcional com a instituição de ensino e/ou pesquisa brasileira dos doutorandos candidatos, e ser o líder do Grupo de Pesquisa brasileiro, devidamente cadastrado no Diretório dos Grupos de Pesquisa do CNPq. As bolsas poderão ter vigência de seis a doze meses, a ser definida pelo proponente.

As propostas devem ser elaboradas em conjunto com o líder do grupo português, com anuência formal da FEUP para a parceria. Deverão ser encaminhadas ao CNPq sob a forma de projeto, com o preenchimento do Formulário de Propostas on-line , disponível na Plataforma Carlos Chagas, na página da Agência.

O processo de inscrição segue aberto até 16 de outubro próximo e o resultado será divulgado em dezembro, com o início de vigência das bolsas em fevereiro de 2010. Os benefícios concedidos pelo CNPq aos bolsistas brasileiros em Portugal constam de mensalidades, auxílio-instalação (para candidatos que ainda não se encontrem no exterior na data de concessão da bolsa), passagem aérea de ida e volta para o bolsista e primeiro dependente e seguro-saúde, exceto para bolsistas que se dirijam a países que ofereçam assistência médica gratuita.

As áreas a serem apoiadas são: Bioengenharia - Engenharia Biomédica - Engenharia Civil - Engenharia e Gestão de Transportes - Engenharia Eletrotécnica e de Computadores - Engenharia Industrial e Gestão – Engenharia Informática – Engenharia Mecânica – Engenharia Química e Biológica – Engenharia do Ambiente – Engenharia Metalúrgica e Materiais – Engenharia de Georecursos – Engenharia Física.

Veja o edital completo em:


Fonte: Assessoria de Comunicação do CNPq

quarta-feira, 29 de julho de 2009

Alunos da escola pública terão Olimpíadas de Ciência em 2010


A partir do próximo ano, os estudantes das escolas públicas de todo o Brasil poderão participar da Olimpíada de Ciência, seguindo o modelo de competição entre estudantes para apoiar a divulgação científica.

A formatação da Olimpíada de Ciência está sendo discutida entre os ministérios da Ciência e Tecnologia e Educação, segundo professor Ildeu de Castro Moreira, diretor do Departamento de Popularização e Divulgação da Ciência e Tecnologia do MCT. O ministério apoia diversos projetos do tipo, sendo a Olimpíada Brasileira de Matemática o mais difundido.

Com uma palestra sobre a “Ciência no Brasil”, Moreira participou na tarde desta terça-feira, dia 28, da apresentação preparatória para a Semana Nacional de Ciência e Tecnologia, que ocorrerá em outubro. A apresentação, no auditório Roberto Santos, do Museu de C&T da Universidade do Estado da Bahia (Uneb), foi promovida pela Secretaria de Ciência, Tecnologia e Inovação da Bahia.

Segundo ele, o projeto contribui para enfrentar o desafio de oferecer uma educação científica de qualidade nas escolas públicas brasileiras. Professor de física, o diretor do MCT revelou que, este ano, as Olimpíadas de Matemática deverão alcançar quase 20 milhões de estudantes, devendo mobilizar 120 mil professores e constituir-se na maior competição do gênero no mundo.

Moreira comemorou também o sucesso das Olimpíadas de Astronomia, que passaram de 450 mil participantes, em 2008, para 850 mil, em 2009. Além disso, o CNPq, que apoia olimpíadas de divulgação científica desde 1978, vai lançar, em 2010, um edital para competições em história, geografia, robótica e outras áreas do conhecimento.

Fonte: Jornal da Ciência

terça-feira, 28 de julho de 2009

RN ganhará novas bolsas de mestrado e doutorado



Por Gustavo Santos


No último dia 24/07 foi realizada reunião com o professor Emídio Cantídio, diretor de Programas de Bolsas da CAPES (Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior. A reunião teve como objetivo discutir ações de fomento e desenvolvimento da Pós-Graduação no Rio Grande do Norte. O encontro contou com o reitor Ivonildo Rêgo, a presidente da FAPERN, Isaura Rosado, e vice-reitores e pró-reitores de pesquisa e pós-graduação das Universidades Federal Rural do Semi-Árido e do Estado do Rio Grande do Norte.

Na oportunidade foram discutidos os novos apoios a serem distribuídos as instituições e a atual situação dos apoios existentes. A CAPES aponta que há um déficit de bolsas de estudos para o estado do Rio Grande do Norte. De acordo com a instituição o déficit é de 521 bolsas para mestrado e 140 para doutorado. Atualmente as instituições públicas de ensino superior do estado apresentam respectivamente para mestrado e doutorado os seguintes déficits - UFRN com 407 bolsas para mestrado e 89 para doutorado, a UFERSA com 74 bolsas para mestrado e 51 para doutorado e a UERN com 40 bolsas para mestrado.

Em notícia publicada no Agecom, a proposta da Capes é que todo aluno de doutorado seja contemplado com bolsas. Não precisando mais sair do seu estado para se qualificar.

No Brasil, a bolsa de pesquisa já faz parte do universo acadêmico, sendo fator fundamental para a boa produção científico-tecnológica. Os estudantes brasileiros hoje contam com o apoio das agências de fomento federais, como a Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior (Capes) e o Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq), e estaduais, como é o caso, em Natal, da FAPERN.

segunda-feira, 27 de julho de 2009

Quatro projetos foram aprovados no Edital Arte Tecnológica

Por Gustavo Santos

Foi divulgado pela Fundação de Apoio à Pesquisa do Rio Grande do Norte (Fapern), o resultado da seleção para o Edital 009/2009 Arte Tecnologia – Apoio à Produção e Divulgação das Artes Visuais em Novos Suportes Tecnológicos. Os projetos classificados são oriundos da UFRN e do Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia (IFRN). O Comitê de Julgamento foi composto pelos professores Nina Velasco, da Universidade Federal de Pernambuco e Luciano Barbosa, do Departamento de Artes da UFRN e por Tânia Andrade, colaboradora da Fapern. Dos R$ 100 mil, disponibilizados pelo edital, R$ 37 mil serão investidos nos projetos aprovados, de acordo com o orçamento de cada um.

De acordo com a presidente do Comitê, Nina Vasconcelos, esse edital é muito importante e de grande relevância para o estado. “Acredito que nas próximas edições devem crescer em qualidade e quantidade”, afirma.

Foram analisados sete projetos, dos quais quatro foram aprovados. A intenção é apoiar a produção e a divulgação das artes visuais em novos suportes tecnológicos no campo de ação do Estado do Rio Grande do Norte, fortalecendo, conseqüentemente, o Salão Abraham Palatnik de Artes Visuais.

Os projetos aprovados serão desenvolvidos no estado do Rio Grande do Norte. As propostas variaram entre cursos de formação e projetos de instalação de interatividade.

domingo, 26 de julho de 2009

Brasil e México acertam cooperação em projetos na área de educação tecnológica

Os governos do Brasil e do México firmaram acordo para a realização de dois projetos de cooperação técnica na área de educação profissional e tecnológica. Representantes dos dois países definiram as bases do acordo na última semana na capital mexicana.

O projeto prevê que professores dos institutos federais de educação, ciência e tecnologia repassarão aos mexicanos as suas experiências na estruturação de cursos de telecomunicações, energias renováveis e aeronáutica.

Em contrapartida, os mexicanos transmitirão seus conhecimentos no campo da certificação profissional. O acordo tem o aval da Agência Brasileira de Cooperação (ABC) e será selado em definitivo em agosto, com a vinda ao Brasil do presidente mexicano Felipe Calderón.

Os professores brasileiros que prestarão assessoria no México são de diferentes instituições. Na área de telecomunicações, serão enviados docentes do Instituto Federal Fluminense. No setor de aeronáutica, serão professores do IF São Paulo, e no campo das energias renováveis serão enviados especialistas dos institutos da Bahia, do Maranhão e do Sul de Minas Gerais. A estrutura dos cursos compreende o desenho curricular, a formação de docentes e aspectos referentes à operacionalização.

Posteriormente, professores mexicanos virão ao Brasil para compartilhar os seus conhecimentos sobre certificação profissional. Eles também querem conhecer o Programa Escola Técnica Aberta do Brasil (e-Tec), que tem por objetivo formar uma rede de educação profissional nas instituições públicas de ensino (federais, municipais e estaduais) por intermédio da modalidade educação à distância.

Fonte: Assessoria de Comunicação da Setec

sexta-feira, 24 de julho de 2009

Olimpíada de História recebe investimento do CNPq


O Museu Exploratório de Ciências, da Universidade Estadual de Campinas (Unicamp), realiza a 1ª Olimpíada Nacional em História do Brasil (ONHB). O evento conta com o patrocínio de R$100 mil do Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico do Ministério da Ciência e Tecnologia (CNPq/MCT). Podem participar alunos de escolas públicas e privadas da 8ª série do ensino fundamental e das demais séries do ensino médio.

O formulário de inscrição e o boleto estarão disponíveis de 1º de agosto até o dia 1º de novembro. A taxa é de R$ 15,00 para as equipes de escolas públicas e R$ 35 para os estudantes de escolas particulares. A disputa será dividida em cinco fases, quatro on-line e uma presencial. Cada equipe deve ser composta por quatro participantes, sendo obrigatória a presença de um professor de História. Os vencedores receberão medalhas e certificados.

A diretoria do Museu decidiu criar a olimpíada devido a carência de eventos na área das Ciências Humanas. Segundo a coordenadora do projeto, professora Cristina Meneguello, a Olimpíada é um evento inédito e acontece graças ao investimento financeiro do CNPq que será revertido em viagens para os ganhadores de escolas públicas, para a criação de um software e de um jogo on-line, desenvolvido especialmente para o evento.

Fonte: Assessoria de Comunicação Social do CNPq

quarta-feira, 22 de julho de 2009

Congresso de Jornalismo Científico será em BH em outubro de 2009


Por Gustavo Santos


O X Congresso Brasileiro de Jornalismo Científico, que tem como tema central Jornalismo Científico e Desenvolvimento Sustentável, será realizado em Belo Horizonte/MG no período de 14 a 16 de outubro de 2009.

Essa edição do Congresso tem como parceira a Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado de Minas Gerais - Fapemig, que comemora também este ano o décimo aniversário da sua revista Minas Faz Ciência, representante tradicional do conjunto seleto de veículos destinados à divulgação da ciência, da tecnologia e da inovação brasileiras.

O Congresso Brasileiro tem se constituído, ao longo do tempo, em espaço fundamental para o debate, a troca de experiências e conhecimentos entre os profissionais, pesquisadores, estudiosos e estudantes do Jornalismo Científico.

Oficina de reportagem sobre temas de ciência e tecnologia



Jornalistas interessados na cobertura de ciência e tecnologia poderão se atualizar e praticar suas habilidades na oficina de reportagem sobre temas de C&T, que será realizada de 18 a 19 de agosto, das 9h às 17:30h, em Quito (Equador). O objetivo das atividades é oferecer ferramentas para refletir sobre os mecanismos de cobertura da ciência nos meios de comunicação de massa, bem como aplicá-las em exercícios práticos.

O programa contempla a cobertura jornalística em meios variados como imprensa escrita, rádio, TV e Internet e dirigida a públicos distintos. Além das atividades práticas, haverá discussões sobre como identificar e avaliar temas interessantes de ciência e tecnologia, como noticiar controvérsias da ciência, como se relacionar de forma sinérgica com cientistas, entre outros aspectos. A oficina é organizada pela Rede Ibero-Americana de Monitoramento e Capacitação em Jornalismo Científico, pelo Centro Internacional de Estudos Superiores de Comunicação para América Latina (Ciespal), pelo Museu da Vida e portal de notícias britânico SciDev.Net (Rede de Ciência e Desenvolvimento: www.scidev.net). Criada em 2009 por convocatória do Programa Ibero-americano de Ciência e Tecnologia para o Desenvolvimento (Cyted), a Rede é composta por instituições de 10 países da região. Profissionais de todas as instituições da Rede compõem o corpo docente da oficina.

As inscrições custam 30 dólares e devem ser feitas através do e-mail periodismocientifico@ciespal.net. Não serão oferecidas bolsas ou qualquer apoio financeiro para os candidatos.

Informações sobre o corpo docente em: http://www.ciespal.net/ciespal/index.php/component/content/article/49-taller-de-reporteria/85-taller-reporteria

Conheça a programação completa em:
http://www.ciespal.net/ciespal/images/reporteriaciencia/programa%20acadmico.pdf
Mais informações também pelo e-mail: periodismocientifico@ciespal.net

Fonte: Ciespal

segunda-feira, 20 de julho de 2009

Capes investe R$ 820 milhões em bolsas e no fomento à pesquisa


Dados referentes a 2008 foram divulgados na última sexta-feira


A Capes divulgou na sexta-feira, 17/07, o investimento em bolsas no Brasil e no exterior e no fomento à pesquisa no ano de 2008, por unidade da federação.O investimento total foi de R$ 820 milhões para os 26 estados e o Distrito Federal.


Cerca de 120% a mais do que em 2002, quando o valor total investido foi de R$ 380 milhões. Já em 2007, foi de R$ 600 milhões.Nesses valores não estão incluídos o investimento da Capes na manutenção do Portal dos Periódicos e os recursos para a educação básica.


Os cincos estados que mais receberam investimento no ano passado foram São Paulo, R$ 241 milhões; Rio de Janeiro, R$ 114 milhões; Minas Gerais, R$ 88 milhões; Rio Grande do Sul, R$ 75 milhões e Paraná, R$ 42 milhões.


Fonte: Assessoria de Comunicação da Capes









sábado, 18 de julho de 2009

Aprovado doutorado de psicologia da UFRN


Por Gustavo Santos


A Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior (Capes) divulgou nesta sexta-feira, 10/07, os resultados da avaliação de novos cursos de pós-graduação. A medida foi apreciada pelo Conselho Técnico-Científico da Educação Superior (CTC-ES), nesse mês, em Brasília.

O doutorado de Psicologia da Universidade Federal do Rio Grande do Norte – UFRN foi aprovado com nota cinco, numa escala que vai de zero a sete, no conceito que expressa à qualidade da proposta. Consolidando o Programa de Pós-Graduação em Psicologia, que já funciona com o mestrado, cujo conceito também é cinco.

quinta-feira, 16 de julho de 2009

Artigo "A Conquista da Lua"


*José Roberto de Vasconcelos Costa


40 Anos desde o histórico vôo da Apollo 11


Num famoso discurso em 1962, o então presidente John F. Kennedy prometeu ao povo norte-americano que no prazo de uma década os Estados Unidos iriam enviar um homem à Lua e trazê-lo de volta em segurança. Prometeu e cumpriu.


Hoje, passados exatos 40 anos do histórico pouso lunar, o mundo quase não se lembra do clima de rivalidade entre americanos e soviéticos, principal estímulo por trás dessa magnífica realização. Decididos a vencer o que ficou conhecido como Corrida Espacial – cujo grande prêmio era a Lua – os norte-americanos não pouparam esforços nem recursos.


O pouso da Águia


No auge da corrida espacial o orçamento da Nasa, a agência espacial norte-americana, chegou ao pico de 5,5% de todos os recursos federais (hoje vai pouco além de 0,5%). O custo atualizado de todo o programa Apollo foi de 237 bilhões de dólares (valor quase três vezes menor que o gasto com a Guerra do Vietnã, que matou cerca de 50 mil norte-americanos e 2 milhões de vietnamitas).


Mesmo com uma bandeira dos Estados Unidos fincada em solo lunar (para reforçar quem ganhou a corrida!) a viagem foi retratada como um feito pacífico em nome de toda a humanidade, e até mesmo a réplica de um ramo de oliveira (símbolo da paz desde a Antiguidade) foi deixada na Lua, além da conhecida placa com os dizeres “Aqui homens do planeta Terra pisaram pela primeira vez na Lua, em julho de 1969 d.C. Viemos em paz, em nome de toda a humanidade”.


Os astronautas Neil Armstrong (comandante), Edwin Aldrin (piloto do módulo de descida na Lua) e Michael Collins (piloto do módulo de vôo) foram os tripulantes da missão Apollo 11, que teve um lançamento perfeito da Terra a bordo do poderoso Saturno V, o maior foguete já construído, com mais de 110 metros de altura (7m mais alto que o maior pilar da ponte Newton Navaro) e 3 mil toneladas (mais de 8 boeing Jumbo 747 com sua capacidade máxima).


A jornada de três dias foi tranquila e rotineira. A missão Apollo 10 já tinha feito o mesmo percurso, mas sem o pouso final, que para o módulo Águia da Apollo 11 foi numa grande planície de lava basáltica de nome “Mar da Tranqüilidade”, localizado bem perto da linha do equador e na face lunar permanentemente voltada para a Terra.


Aventura humana


Apenas Armstrong e Aldrin tiveram o privilégio de caminhar na Lua. Collins permaneceu solitário em órbita do satélite, esperando o retorno dos companheiros para iniciar a viagem de volta. A descida teve alguns sustos, como o perigoso esgotamento iminente do combustível e sucessivos alertas do computador. A 150 metros do solo Armstrong assumiu o controle manual e rumou para uma região menos acidentada, pousando suavemente.


O solo era formado por um pó fino como talco e a bota de Armstrong, o primeiro a pisar no chão de um outro mundo, cravou uma impressão que durará por séculos, dada a ausência de agentes de erosão na Lua (como vento ou chuva).


Aldrin juntou-se ao companheiro minutos depois, e os dois instalaram alguns instrumentos, caminharam aos saltos experimentando a baixa gravidade lunar (1/6 da terrestre), recolheram amostras de rochas e tiraram fotografias. Passaram menos de um dia (cerca de 21 horas) e antes de decolar ainda cochilaram por algumas horas no interior do Águia.


A 380 mil quilômetros dali, bilhões de pessoas assistiam pela TV em imagens em preto e branco. Outras cinco viagens tripuladas ainda aconteceram até 1972 (Apollo 12, 14, 15, 16 e 17); cada uma com um tempo maior de permanência na Lua e mais atividades interessantes. O mundo, porém, foi perdendo a curiosidade. As pessoas pensavam que depois da Apollo 11 estar na Lua seria lugar comum.


A vitória já consagrada dos Estados Unidos e os cortes de orçamento foram o bastante para cancelar o programa, que originalmente se estenderia até a Apollo 20. Na atualidade, crise financeira global e falta de competição política retardam um retorno para além de 2020.


Em termos científicos, a exploração da Lua com robôs é mais eficiente (e muito mais barata) que os vôos tripulados. Mas a lista de benefícios oriundos da empreitada de levar seres humanos ao espaço é enorme, abrangendo desde a invenção de sistemas de monitoramento cardíaco a botes salva-vidas que inflam automaticamente, entre inúmeros outros.


E assim como não celebraríamos os esportes da mesma forma se eles fossem praticados por robôs, nada se compara ao nos vermos representados na figura de um desbravador numa aventura épica. É fato que a exploração do espaço é cara e perigosa. Mas o verdadeiro motivo pelo qual continuaremos fazendo isso é simplesmente porque somos humanos.


*Estudante de Mestrado em Ensino de Ciências e membro da Equipe Técnica de elaboração do Projeto da Cidade da Ciência.

quarta-feira, 15 de julho de 2009

O olhar crítico da inserção da matemática na vida dos jovens, por Francis Dupuis, secretario geral do Espaço Ciencia de Recife


Por Gustavo Santos


Convidado pela Fundação de Apoio à Pesquisa do Estado do Rio Grande do Norte (Fapern), para capacitar os monitores da exposição Por que a matemática?, o secretario geral do Espaço Ciência de Recife/PE, Francis Dupuis conversou com o Blog Informação da Ciência, antes da abertura da exposição, no dia 8/07, no Sebrae.


Dupuis comentou que os jovens estão se afastando cada vez mais da área das ciências exatas, mas a exposição Experimentar na Matemática tem feito a ponte de ligação entre a matemática e os estudantes. “Os jovens querem uma satisfação imediata, querem um resultado mais rápido”, afirma.


De acordo com o secretario geral do Espaço Ciência, que é francês, o Brasil possui uma comunidade universitária de bom nível, mas na educação básica ainda existem vários problemas a serem corrigidos, como é caso dos professores que não são formados, mas estão dando aula apenas para cobrir um buraco da educação brasileira. Ele relata que no seu país o ensino básico também passa pela mesma situação.


Falando sobre a exposição Experimentar na Matemática, que em Natal adotou o nome Por que a Matemática?, Francis Dupuis, afirma que ela busca a popularização da matemática, divulgando conceitos, tanto na história, quanto na sua aplicação. O objetivo é trazer uma nova forma de se aprender matemática, buscando novos artifícios para o ensino da matemática. “Tem que dar aos meninos o gosto pela matemática”, diz.


Francis Dupuis é formado em matemática pela Maîtrise ès sciences Mathématiques - Universite de Paris XI - 1974, com especialização em Enseignement informatique CFAPI – Universite de Paris VI - 1987. Tem experiência na área de divulgação científica - concepção de exposições e edição de publicações voltadas para o público escolar e o grande público. Trabalha com planejamento e exposições, coordenando, orientando e organizando exposições de caráter científico.


Atualmente é secretário geral do Espaço Ciência, de Recife/PE um dos maiores museus interativos de divulgação científica da América Latina. Localizado em uma área de 120 mil m² entre as cidades de Recife e Olinda, o museu abriga um espaço natural e possui mais de 200 experimentos, além de exposições e um centro educacional com diversos laboratórios à disposição de escolas de todo o país. O museu funciona de segunda a sexta-feira das 8h às 12h e das 13h às 17h. Nos finais de semana, o museu fica aberto das 13h às 17h.


Além de secretário geral do Espaço Ciência é também orientador do laboratório de matemática que oferece várias atividades na área. Periodicamente são realizadas oficinas temáticas, além de shows de Matemagia, espetáculos apresentados em lugares públicos. A área de matemática do Espaço Ciência dispõe ainda de kits de jogos matemáticos, que podem ser emprestados para as escolas trabalharem com seus alunos em sala de aula. Além da presença da Matemática em vários experimentos da trilha da descoberta e do Pavilhão de Exposições, a equipe de Matemática proporciona várias atividades.

Abertas inscrições para a Olimpíada Brasileira de Física 2009


Estão abertas, até o dia 13 de agosto, as inscrições para a 11a Edição da Olimpíada Brasileira de Física (OBF). Os professores de escolas de Ensino Médio de todo território nacional que desejarem que seus alunos participem da OBF 2009 devem fazer seu cadastramento.


Depois de credenciado os professores poderão inscrever quantos alunos desejarem participar de suas escolas. Para esse cadastramento, cada escola deverá preencher o formulário de inscrição on line que está disponível na página eletrônica da Sociedade Brasileira de Física (SBF).


As escolas que não tiverem acesso à internet deverão solicitar o formulário impresso à coordenação da OBF em seu Estado ou na secretária geral do evento.O objetivo da OBF é despertar e estimular o interesse pela física, assim como proporcionar desafios aos estudantes, aproximar a universidade do ensino médio e identificar os estudantes talentosos, preparando-os para as olimpíadas internacionais.


A OBF é organizada pela Sociedade Brasileira de Física (SBF) e apoiada pelo Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq).Em 2008, foram inscritos cerca de 200 mil alunos, com a participação de 4800 escolas.


A Organização prevê um aumento de 10% nas inscrições para a OBF 2009. As inscrições são gratuitas e qualquer aluno regulamente matriculado no Ensino médio ou que esteja cursando o nono ano.


As escolas poderão se cadastrar, exclusivamente pela internet, através do site:http://www.sbf1.sbfisica.org.br/olimpiadas/

Fonte: Assessoria da OBF

segunda-feira, 13 de julho de 2009

UFRN sediará Reunião Anual da SBPC em 2010



Projeto da federal do Rio Grande do Norte foi aprovado por unanimidade.

A Universidade Federal do Rio Grande do Norte sediará a 62ª Reunião Anual da SBPC, que acontecerá em julho de 2010. O reitor Ivonildo Rêgo esteve em Manaus, neste sábado, dia 11, onde apresentou ao Conselho Deliberativo da SBPC a proposta da UFRN para sediar o evento, aprovada por unanimidade. No projeto foram detalhadas as potencialidades da instituição, bem como do Rio Grande do Norte.


A reunião da SBPC se configura como um evento de envergadura internacional, que tem um importante histórico para a ciência brasileira.

A pró-reitora de Pesquisa da UFRN, Maria Bernardete Cordeiro de Sousa, afirma que sediar um evento desse porte leva visibilidade para a instituição. Também permite a divulgação das ações desenvolvidas na Universidade, além de compartilhar, com as outras instituições de pesquisa do Estado, suas atividades de maneira mais próxima.

A UFRN concorreu com a Universidade Federal do Espírito Santo (Ufes), considerada também uma forte candidata. Segundo a pró-reitora Maria Bernardete, a UFRN e a cidade de Natal têm perfis favoráveis para sediar o evento, do ponto de vista da infra-estrutura, rede hoteleira, projeção regional e nacional da Universidade, assim como as pesquisas desenvolvidas no Rio Grande do Norte, que se configuram em todas as áreas do conhecimento.

Sem contar que, em 1998, a UFRN sediou os 50 anos da SBPC, edição considerada de grande sucesso pela organização e pelos participantes do evento.

Ainda esta semana, a universidade deverá instituir uma comissão para organização geral deste evento, que reúne cerca de 15 mil pessoas e requer tempo para ser estruturada.

A UFRN tem atualmente 180 grupos de pesquisas em todas as áreas do conhecimento e 66 cursos de pós-graduação, indicadores que demonstram uma base consolidada no âmbito da pesquisa científica. Outro critério importante para a escolha foram os apoios à proposta: a instituição contará com a colaboração do Governo do Estado, Ufersa, Fiern, Sebrae e Fundações de Pesquisas.

A 61ª edição da Reunião Anual da SBPC acontece na cidade de Manaus, no Estado do Amazonas. O evento começou neste domingo, dia 12, e vai até o dia 17, e tem por objetivo divulgar para toda sociedade a produção científica feita nas universidades e nos institutos de pesquisas brasileiros.

Fonte: Assessoria de Comunicação da UFRN

sábado, 11 de julho de 2009

Entrevista com o Cientista Carlos Paz


Por Gustavo Santos


Nascido em Natal e radicado nos Estados Unidos há mais de 30 anos, Carlos Paz de Araújo, é PhD em Engenharia Eletrônica. Sócio-fundador da Symetrix Corporation, empresa americana que está, aos poucos, se firmando no Brasil. Esse cientista é um dos mais importantes no mundo quando o assunto é eletroeletrônica.

Participou da primeira edição da Quinta da Ciência, programa de divulgação científica criado pela Fundação de Apoio à Pesquisa do Rio Grande do Norte (Fapern). Carlos Paz explicou um pouco de seu trabalho durante entrevista realizada ao Blog INFORMAÇÃO DA CIÊNCIA e anunciou boas perspectivas para a ciência brasileira.

Entrevista:

Gustavo Santos: Como o senhor vê a ciência aqui no Brasil? Ela tem caminhado?
Carlos Paz: Essa é uma pergunta muito complicada. Ela tem caminhado muito, mas ela está muito ligada a demonstrar ao resto do mundo que se faz alguma coisa, mas vamos fazer alguma coisa mais nossa. Existe muita duplicação do que já existe no resto do mundo. Eu me lembro do laiser do DVD, lembro que nos anos 80 queriam fazer fábrica, mas perdeu, não fez, e agora querem fazer de novo, não adianta. Agora temos que fazer daqui pra frente.

Gustavo Santos: No Brasil a maioria das pesquisas são financiadas pelo governo, e suas pesquisas quem financia?
Carlos Paz: Uma mistura de governo e entidade privada, hoje mais entidade privada.

Gustavo Santos: Em que estágio está a sua área de atuação aqui no Brasil?
Carlos Paz: Está começando a receber muita visibilidade. Eu estava desconhecido aqui no Brasil esses anos todos, além disso, tem o problema de ser Nordestino. Tudo acontece em São Paulo. Hoje não, quando começaram a me copiar em São Paulo, as coisas ficaram diferentes. Quando vou a São Paulo, eles me dão todo o prestigio e apoio de uma maneira que eu nunca vi em minha vida.

Gustavo Santos: Já é um exemplo para o Brasil?
Carlos Paz: São Paulo me trata muito bem, muito bem mesmo e Brasília também, quando vou a Brasília, vejo que o pessoal me respeita. Quem não me conhecia passa a conhecer e meu nome passa a circular, porque antigamente não circulava.

Gustavo Santos: O senhor está montando uma fábrica aqui no Brasil?
Carlos Paz: Sim. Em São Paulo.

Gustavo Santos: Quando? Já tem previsão?
Carlos Paz: Rapaz depende das documentações, que não é mole. Já faz um ano, mas que é muito difícil. A fábrica para esse tipo de chip, custa mais de 200 milhões de dólares.

Gustavo Santos: O investimento nas empresas é feito apenas por você?
Carlos Paz: Não, são várias pessoas, eu nunca boto meu dinheiro em investimento fraco. Eu invento patenteio e vendo as patentes. Então por exemplo, ta vendo essa placa aqui? a Panasonic me deu essa placa, celebrando que desde 1991 eu trabalhava com eles. Então eles fizeram à memória. No Japão, todo metrô, todo trem, o cartão de crédito é o tickets para você entrar. Então você passa, não precisa nem tirar da carteira, já lê, você já entra direto no trem. Vai mudando de estação, não tem esse negócio de comprar tickets, nem nada. Se for comprar comida ou qualquer coisa em uma loja, usa como cartão de crédito, então ficou um cartão único, não tem esse negócio de dá troco.

Gustavo Santos: O senhor acredita que teria condições de desenvolver uma tecnologia como essa, aqui no Brasil, se não tivesse se mudado para os Estados Unidos?
Carlos Paz: Não. Porque isso aqui você tem que ta no ambiente onde tem gente querendo resolver certos problemas, você não pode vender trem, onde não tem trilho. O cara tem que estar lá no momento certo, na hora certa. Naquela época quando eu sai daqui, não tinha nem escola de engenharia elétrica, aqui na universidade. Então fiz a opção, ou ia para São Paulo ou Estados Unidos. Os Estados Unidos, era muito mais barato ir para lá. Depois que cheguei lá, tive muita sorte devido à família que fiquei lá, pois eles tinham a tradição de ir para uma grande universidade, que tem lá nos Estados Unidos. A universidade de Notre Dame, que é famosíssima lá. Leva mais ou menos 25 mil pessoas, entra mil e quinhentas, hoje já está 40 mil pessoas, para entrar 2 mil e quinhentas. Então entrei e ficou todo mundo surpreso, como é que um cara feio que só entrou, mas eu entrei e pronto. Quando eu terminei o bacharelado, me deram bolsa para mestrado, quando eu terminei o mestrado, me deram bolsa para doutorado, quando eu terminei o doutorado, me deram um contrato para ser professor. Depois eu fui para a Universidade de Colorado onde passei os últimos 25 anos. Então fui fazendo tecnologia e ao mesmo tempo criando companhias. Esse modelo, em vez de está dependendo do governo e verbas essas coisas, eu fiz o modelo do vale do sir. Vamos criar e fazer um plano de negócios e fazer firmas. Eu fiz três firmas, essa Simetrix que é minha última firma. E hoje continuo ainda fazendo firma e ajudo a fazer firmas em outros países. No Japão nós temos uma firma que eu sou dono de mais ou menos 30%, que nós criamos para ajudar o japonês. É uma firma de chip desse jeito, que usa em concreto, uma pílula como uma pedra, você joga no concreto, então quando faz o prédio, que está todo feito, você chega com a pistola e sabe quem pregou o cimento, porque se cair se tiver um terremoto, vai em cima de quem fez o cimento errado.

Gustavo Santos: Para encerrar, gostaria que você deixasse uma mensagem, para a população do estado do RN, que hoje em dia tem você como exemplo, um cientista conhecido internacionalmente.
Carlos Paz: Minha mensagem é que, existem muitos Carlos Paz, que precisam ter incentivo, e que na época não existia tanta facilidade, tanto acesso. Hoje com internet você é cidadão do mundo. E precisa só haver uma maneira de incentivar os jovens que queiram realmente fazer ciência com seriedade e que eles também mantenham viva a idéia que a gente deve contribuir para a sociedade, e não viver só dela.

Zona Norte recebe exposição “Maravilhas Mecânicas de Leonardo da Vinci”


Por Gustavo Santos


Aberta ao público de Natal até o dia 17/07, a Exposição Maravilhas Mecânicas de Leonardo da Vinci é composta de réplicas de projetos e descreve a trajetória do gênio do Renascimento. A exposição encontra-se instalada no Centro de Estudos e Biblioteca Escola Profº. Américo de Oliveira Costa, Zona Norte de Natal.


Com empenho e dedicação dos funcionários do Centro de Estudos e Biblioteca Escola Profº. Américo de Oliveira e colaboração de Sérgio Dantas e Antônio, da SEEC, foram capacitados alunos, funcionários e professores que atuam nas escolas em Natal. Durante a capacitação, os monitores viram a aplicabilidade dos conteúdos da exposição nas diversas disciplinas e visitaram previamente a exposição como complementação às atividades pedagógicas.


A programação terá continuidade até o final da exposição. Acompanhados de seus alunos, os professores que participaram da capacitação irão visitar a exposição, onde além de conhecer as maquetes dos inventos de Da Vinci, assistirão a palestras e documentários sobre o lado inventor de um dos artistas mais conhecidos da humanidade.


Ainda durante as visitas, que deverão ser agendadas, serão realizadas oficinas com atividades lúdicas e manuais.


A exposição está montada no Centro de Estudos e Biblioteca Escola Profº. Américo de Oliveira Costa, na Av. Itapetinga, 1430 – Conj. Santarém, Zona Norte de Natal.


Depois de ser vista por mais de 30 mil pessoas em Mossoró, Caicó, Natal, Pau dos Ferros, Santa Cruz e Nova Cruz, a exposição “Maravilhas Mecânicas de Leonardo da Vinci” irá para a cidade do Rio de Janeiro, retornando ao acervo do Mast – Museu de Astronomia e Ciências e Afins, do Ministério de Ciência e Tecnologia – MCT.


Informações e agendamento


Agendar pelos telefones 3232-7396 (Biblioteca – Márcio) ou 3232 1437 (Codese - Erileide Rocha). Visitas: de 2ª a 6ª, das 7h 30 às 21h 30.


Outras informações sobre a Exposição no Rio Grande do Norte, acesse:


http://www.fapern.rn.gov.br/fapern/leonardodavinci/index.htm

quinta-feira, 9 de julho de 2009

Estudantes brasileiros participam da 50ª Olimpíada Internacional de Matemática na Alemanha


Os jovens matemáticos mais talentosos de todo o mundo participarão da 50ª. Olimpíada Internacional de Matemática – IMO –, a ser realizada na Jacobs University of Bremen, na cidade de Bremen – Alemanha entre os dias 14 a 21 de julho próximo. Os estudantes deverão desenvolver soluções elegantes e criativas na tentativa de resolver difíceis problemas matemáticos e assim conquistar medalhas de Ouro, Prata, ou Bronze. Os organizadores esperam para este ano a participação de cerca de 600 estudantes de 104 países.

A Olimpíada Internacional de Matemática é a competição mais importante e de mais alto nível para estudantes de ensino médio com não mais de 20 anos de idade. A competição é realizada a cada ano em um país diferente, sempre durante o mês de julho. Em cada um dos dois dias de competição, os estudantes terão quatro horas e meia para resolver uma prova de três problemas de matemática, previamente selecionados por um júri internacional, os quais abrangem disciplinas como Álgebra, Teoria dos Números, Geometria e Combinatória.

O Brasil será representado por uma equipe de seis estudantes, todos vencedores da Olimpíada Brasileira de Matemática – OBM – os quais foram aprovados num rigoroso processo de seleção. A equipe brasileira é liderada pelos professores: Carlos Yuzo Shine de São Paulo – SP e Ralph Costa Teixeira do Rio de Janeiro – RJ.

Conheça a equipe brasileira Henrique Pondé de Oliveira Pinto de Salvador – BA (atualmente estuda em São Paulo) Renan Henrique Finder de Joinville – SC (atualmente estuda em São Paulo) Marcelo Tadeu de Sá Oliveira Sales de Salvador – BA (atualmente estuda em São Paulo) Davi Lopes Alves de Medeiros de Fortaleza – CE Marco Antonio Lopes Pedroso de Santa Isabel – SP Matheus Secco Torres da Silva do Rio de Janeiro – RJ.

BRASIL E O HISTÓRICO DE MEDALHAS NA IMO

O Brasil participa desta importante competição desde 1979 conquistando desde então um total de 81 medalhas, sendo 7 de ouro, 18 de prata e 56 de bronze.

A participação brasileira na competição é organizada através da Olimpíada Brasileira de Matemática, iniciativa que desempenha um importante papel em relação à melhoria do ensino e descoberta de talentos para a pesquisa em Matemática nas modalidades de ensino fundamental e médio nas escolas públicas e privadas de todo o Brasil. A Olimpíada Brasileira de Matemática é um projeto conjunto da Sociedade Brasileira de Matemática, do Instituto Nacional de Matemática Pura e Aplicada (IMPA) e conta com o apoio do CNPq, do Instituto do Milênio Avanço Global e Integrado da Matemática Brasileira e Academia Brasileira de Ciências.

Fonte: Assessoria de Comunicação Social do CNPq

quarta-feira, 8 de julho de 2009

Abertas inscrições para doutorado interinstitucional nas regiões Norte, Nordeste e Centro-Oeste


O Programa Dinter Novas Fronteiras tem como objetivo oferecer a um grupo ou turma de alunos a formação em nível de doutorado, sob condições especiais. A Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior (Capes) publicou edital do Programa de Doutorado Interinstitucional (Dinter) Novas Fronteiras.

As instituições de ensino superior (IES), federais ou estaduais, pertencentes às regiões Norte, Nordeste ou Centro-Oeste e detentoras de programas de pós-graduação stricto sensu credenciados pela Capes, podem enviar propostas, que devem ser apresentadas solidariamente com IES que mantenham programas de pós-graduação com conceito maior ou igual a 5.

O Programa Dinter Novas Fronteiras tem como objetivo oferecer a um grupo ou turma de alunos a formação em nível de doutorado, sob condições especiais. Para isto, ele deve atender a algumas características como ter caráter temporário e viabilizar a formação de doutores fora dos grandes centros de ensino e pesquisa. Assim como aproveitar o potencial dos programas de pós-graduação consolidados para fortalecer e estabelecer as condições para a criação de novos cursos de pós-graduação.O edital estabelece três categorias de instituições participantes.

A instituição promotora é a responsável pela coordenação acadêmica e garantia do padrão de qualidade do curso correspondente. A instituição receptora é a instituição em cujo campus ou unidade de ensino será realizada a maior parte das atividades relativas ao projeto de pós-graduação interinstitucional. A instituição associada é a instituição que possa vir a se juntar à instituição receptora como beneficiária do projeto.Para o exercício orçamentário e financeiro de 2009 serão disponibilizados recursos da ordem de R$ 4,5 milhões de reais para apoio às propostas selecionadas. Deverão ser apoiados aproximadamente 30 projetos Dinter.

Excepcionalmente, a Capes poderá apoiar propostas de IES localizadas em outras regiões, que demonstrem a necessidade de capacitação de seus docentes.As propostas devem ser encaminhadas, por meio eletrônico, até o dia 30 de setembro.

Dúvidas e solicitações de esclarecimentos podem ser encaminhadas pelo email dinter_novasfronteiras@capes.gov.br ou pelo telefone (61) 2104-9017/9136.


Fonte:Assessoria de Comunicação da Capes

Abertas as Inscrições para o Curso de Jornalismo Científico em Recife


Com objetivo de fornecer ferramentas para a reflexão sobre os mecanismos e os processos de cobertura de temas de ciência e tecnologia em diferentes meios de comunicação – como televisão, rádio e internet, por exemplo – e aprimorar sua cobertura jornalística, será realizado o curso "Ciência e Mídia – Capacitação em jornalismo científico", em Recife, de 2 a 4 de setembro.

O curso, que é gratuito, terá 50 vagas e será voltado para jornalistas interessados em jornalismo científico, que já atuem, ou não, na área. O programa do curso reúne palestras, mesas-redondas e atividades práticas ministradas por cerca de 20 profissionais com diversas atuações na área de divulgação científica.


Será oferecido auxílio – passagem, hotel e alimentação - para 20 jornalistas que atuem em universidades, institutos de pesquisa e meios de comunicação de massa no Nordeste, exceto Recife, local onde o curso será realizado. O curso é uma iniciativa da Coordenação de Gestão do Conhecimento do Departamento de Ciência e Tecnologia/Secretaria de Ciência, Tecnologia e Insumos Estratégicos do Ministério da Saúde, do Núcleo de Estudos da Divulgação Científica/Museu da Vida/ Casa de Oswaldo Cruz/Fiocruz, da Assessoria de Comunicação do Centro de Pesquisas Aggeu Magalhães/Fiocruz e da Coordenação de Comunicação Social da Fiocruz.


SERVIÇO:
Início das inscrições: 22 de junho Público-alvo: jornalistas que atuem em meios de comunicação de massa, universidades e instituições de pesquisa Fim das inscrições e prazo para postagem de documentação: 27 de julho não serão aceitos documentos com data de postagem posterior.


Formulário de inscrição:
http://formsus.datasus.gov.br/site/formulario.php?id_aplicacao=2977

Ementa e Programação:
http://portal.saude.gov.br/portal/arquivos/pdf/ementacienciamidia.pdf


Mais informações: decit@saude.gov.br

Endereço para envio da correspondência:

Ciência e Mídia - Curso de Capacitação em Jornalismo Científico Ministério da Saúde Departamento de Ciência e Tecnologia Esplanada dos Ministérios, Bloco G, 8º Andar, Sala 851 70058-900 Brasília – DF

Fonte: Fiocruz

segunda-feira, 6 de julho de 2009

Exposição “Por que a Matemática?” chega a Natal


Por Gustavo Santos


A cidade de Natal recebe a exposição internacional de matemática, com o tema, “Por que a Matemática?”, em comemoração ao ano da França no Brasil. Apresentada em mais de 50 cidades de 25 países na África, Oriente Médio, Ásia, Europa e agora na América Latina, Brasil, Natal. A exposição estará aberta ao público a partir do dia 09 a 25 de julho, no horário das 09h às 17h, no SEBRAE. A exposição é realizada através do incentivo da Fundação de Apoio à Pesquisa do Estado do Rio Grande do Norte (Fapern), do Conselho Nacional dos Secretários Estaduais para assuntos de CT&I (Consecti), em parceria com a Embaixada da França.


Monitores capacitados por equipes técnicas da Secretaria Estadual de Educação e Cultura (Seec), do Núcleo de Pesquisas do Estado do Rio Grande do Norte (Nupern) e do Instituto de Formação de Professores Presidente Kennedy (Ifesp) guiarão as visitas à exposição. Na mesma oportunidade também serão capacitados professores da rede estadual, municipal e particular de educação, atuantes em escolas de Natal.


Você já andou de bicicleta com rodas quadradas? Será que a linha reta sempre é o caminho mais breve? Você já viu brocas para fazer furos quadrados, ou mesas para três pessoas se transformando em mesas para quatro? Todas essas respostas você irá encontrar na exposição “Por que a Matemática?”.


De acordo com a coordenadora do evento, Lucina Guerra, o objetivo da exposição é possibilitar uma visão mais lúdica da matemática. “Tornando o aprendizado mais fácil, mais interativo”, afirma.


A exposição reunirá painéis e jogos interativos a serem dispostos em mesa. Os temas abordados serão ler a natureza; preencher o espaço; calcular; construir; estimar; prever; otimizar; provar; demonstrar; experimentar. Ainda durante as visitas, que deverão ser agendadas, serão realizadas oficinas com atividade manuais.


Serviço:


Agendar pelos telefones: 3232-1437 (Codese) ou 3232-1438 (Nupern), falar com Pedro Fernandes ou Denise Domingos. Visitas: de 2ª a 6ª, das 09 às 17h.Outras informações sobre a exposição no Rio Grande do Norte podem ser obtidas com a coordenadora do evento, Lucina Guerra, pelo telefone: 3232-1727.

domingo, 5 de julho de 2009

Últimos dias para se inscrever no programa de Cooperação Brasil e União Européia na Área de Biocombustíveis de Segunda geração.


Quem deseja participar da seleção pública de propostas de atividades científicas na área de biocombustíveis do Programa de Cooperação Brasil e União Européia deve apressar a inscrição do projeto. A data limite é 12 de julho deste ano.


O envio das propostas deve ser feito sob a forma de projeto e encaminhadas ao Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico – CNPq – exclusivamente via internet. Basta preencher o ‘Formulário de Propostas On-Line ', disponível na Plataforma Carlos Chagas no site do CNPq e enviar dois arquivos independentes, um em Português e o outro em Inglês. Os formatos permitidos são: ‘doc', ‘pdf', ‘rtf' ou ‘post script', limitados a 1.5 MB (um e meio magabytes). O prazo para transmitir as informações se encerra às 18h (horário de Brasília).


As propostas devem se focar na área de desenvolvimento de novas tecnologias para a produção de biocombustíveis de segunda geração. Propiciando melhorias e avanços tecnológicos para matérias oriundas da biomassa, técnicas de conversão, integração de processos e sustentabilidade.


O programa


O acordo foi assinado entre o Brasil e a Comunidade Européia em 2004 e promulgado em 2007. O objetivo é dar apoio financeiro, por meio de seleção, a projetos de atividades de pesquisas científicas, tecnológicas ou de inovação.


A seleção das propostas será feita em três etapas: A Etapa I consiste em análise de mérito de acordo com os critérios do item 2 do edital, realizada por consultores ad hoc indicados pela presidência do CNPq. Na Etapa II, o Comitê Assessor – formado por pesquisadores e especialistas do Brasil e do exterior nomeados pelo Presidente do CNPq e pela Diretoria Geral de Pesquisas da União Européia – irá julgar as propostas admitidas de acordo com os editais brasileiro e europeu. A última fase, Etapa III, será a análise feita pela Diretoria Executiva do CNPq, observando as coordenadas dos editais e das recomendações do Comitê Assessor (BR-UE). A Diretoria Executiva do CNPq também é responsável pela decisão final sobre a aprovação das propostas dentro dos limites orçamentários do edital. Informações sobre os procedimentos de inscrição, prazos de envio de propostas e divulgação de resultados e limites orçamentários estão disponíveis na página do CNPq na internet, desde o dia 27 de maio, no endereço eletrônico http://www.cnpq.br/editais/ct/2009/006.htm.

Fonte: Assessoria de Comunicação Social do CNPq

sábado, 4 de julho de 2009

Um olhar crítico sobre o fazer científico


ARTIGO


*Gustavo Santos

Por que falar sobre jornalismo científico? Por que divulgar ciência no Brasil? Antes de iniciar essa discussão, é importante responder a esses questionamentos. Dizer que esses temas são essências para o Brasil, é como se fosse falar algo sobre o senso comum, é a mesma coisa de dizer que a saúde, a educação e a economia são pontos relevantes para o desenvolvimento do país. O que importa é desmistificar esse tipo de informação, fazer com que ele saia do mundo acadêmico e científico e possa atingir o grande público.


O jornalismo científico é tema de grande importância para o mundo atual. O espaço para textos, artigos e comentários que envolvem ciência tem aumentado bastante no cenário nacional nos últimos anos. Quando se fala em jornalismo científico, muitas pessoas o confundem com divulgação científica. É importante, atentar para essas definições, pois jornalismo científico e divulgação científica não são a mesma coisa, embora estejam muito próximas. Elas são destinadas ao grande público, com a intenção de transmitir informação de pesquisa, inovação, ciência e tecnologia. Mas a divulgação científica se difere por não ser jornalístico. O jornalismo científico está relacionado à divulgação da ciência e tecnologia, através dos meios de comunicação, tendo por base os princípios jornalísticos. Então, é preciso ficar atento a esses dois conceitos, pois definem manifestações diversas de informações sobre ciência e tecnologia. Nem tudo que se fala sobre ciência, que está publicado em jornais ou revistas, poder ser considerado jornalismo.


Para exemplificar essa questão podemos destacar os fascículos sobre ciência e tecnologia que são inseridos em jornais, resultados de pesquisas, produzido por pesquisadores, mas que não possui um contexto jornalístico. Por isso, não se incluindo à categoria de jornalismo cientifico.
A disseminação científica é outro conceito também confundido. Voltada para um público específico, como especialistas e cientistas. Como exemplo, temos os cadernos de resenhas, voltados para os próprios pesquisadores.


O jornalismo científico brasileiro tem se profissionalizado nos últimos anos a partir, da contribuição das Universidades e Fundações de Apoio à Pesquisa (FAPs), que vêm promovendo o desenvolvimento desse segmento jornalístico, através de cursos, publicações e incentivo a pesquisa. A internet tem sido um espaço de muita utilidade para o desenvolvimento do jornalismo científico, com o surgimento de diversas revistas eletrônicas – é o caso do “O Jornal da Ciência”, que tem contribuído para a democratização da informação científica.


Atualmente, a maioria dos profissionais que divulgam ciência no Brasil estão ligados as faculdades de Comunicação Social. Por essa razão, é necessário o aprimoramento da formação do jornalista científico no âmbito universitário, procurando aperfeiçoar seus conhecimentos, diante de cursos, oficinas, especializações, mestrados e até mesmo doutorados. No Brasil já começa a surgir esse investimento no conhecimento sobre o jornalismo científico. Tendo em vista que a sociedade lhe exige, cada vez mais, um alto nível de profissionalização. É necessário aumentar e melhorar qualitativa e quantitativamente o volume e os conteúdos da informação especializada que chega ao público.


Além dessas questões discutidas, os jornalistas ainda sofrem com a alienação das empresas financiadoras de projetos. Devido ao aumento da complexidade dos projetos de pesquisa, surgi à necessidade de recursos para sua realização. Diante disso muitas empresas acabam se aproveitando para interesses comerciais. A ciência e a tecnologia são tratadas muitas vezes como mercadorias, estando à mercê do capital. Fazendo parte desta forma, de uma junção de interesses, políticos, econômicos, sociais e empresariais. Penalizando a qualidade da produção e divulgação científica.


O jornalismo científico no Brasil tem se difundido bastante. Não é necessário fazer uma análise muito profunda para constatar. Apoiados em alguns poucos indicadores, entre eles, uma política de descentralização do Governo Federal de investimentos em ciência e tecnologia para as regiões do Brasil, chegamos à conclusão que o jornalismo científico vive um avanço diante da sua trajetória histórica. As publicações especializadas na área têm aumentado, os cursos de especialização têm surgido nas universidades, podemos citar a da UFC em parceria com a FUNCAP e da UNICAMP, que já está bem estruturada, com possibilidades de se tornar um mestrado futuramente. Como também a criação do primeiro curso de especialização à distância em jornalismo científico, criando em 2007, na UNIVAP. Vários trabalhos de conclusão de curso têm falado sobre o processo da divulgação científica e sobre o jornalismo científico. Esta nova realidade irá propagar a ciência e tecnologia no Brasil, de forma mais coerente.


O Governo Federal, através do Mistério de Ciência e Tecnologia, as Fundações de Apoio à Pesquisa, as Universidades, Centros de Pesquisa e Associação Brasileira de Jornalismo Científico (ABJC), têm contribuído para a evolução deste segmento, auxiliando assim o desenvolvimento da divulgação científica. A ABJC já vem realizando a mais de 25 anos “O Congresso Brasileiro de Jornalismo Científico”, que é o evento mais importante da área em nosso país. Ele é promovido em dois e dois anos. Em 2007, o IX Congresso Brasileiro de Jornalismo Científico foi realizado na FAPESP em São Paulo e teve como tema central Jornalismo Científico e Sociedade: os novos desafios. Para o biênio 2009/2011 o X Congresso Brasileiro de Jornalismo Científico irá acontecer em Minas Gerais, durante o período de 14 a 16 de outubro, com o tema Jornalismo Científico e desenvolvimento sustentável. Esta edição contará com o apoio da FAPEMIG, que comemorará os 10 anos da sua revista Minas Faz Ciência, destinada à divulgação da ciência, tecnologia e inovação brasileira.


De acordo com Wilson da Costa Bueno, o jornalismo científico contribui para o processo de alfabetização científica, tornando-se uma função pedagógica, por parte dos jornalistas, que acabam democratizando a informação para o público. Ampliando assim a discussão sobre temas relevantes para a sociedade, relacionados à ciência e tecnologia.


Uma questão que ainda deve ser muito discutida, para uma melhor compreensão do jornalismo científico, seria a relação entre os cientistas/pesquisadores e os jornalistas/divulgadores. No Brasil ainda existe uma certa incompreensão, de quem faz e quem divulga ciência. Quando o pesquisador e jornalista passam a ter uma visão mais ampla e conseguem seguir um mesmo objetivo, essa produção cientifica, chega ao público com muito mais qualidade. É necessário reconhecer que não é fácil passar informações de temas não muito conhecidos pela população. Antes de qualquer coisa é preciso por parte da mídia, fazer com que as pessoas criem o habito pela leitura científica. É sobretudo, possível trazer temas complexos de ciência e tecnologia para o dia-a-dia das pessoas. Mas isso é possível através de talento e qualificação, como também, diante de pesquisadores e jornalistas que estão empenhados em cumprir com seu papel.


Um outro problema na produção do jornalismo científico é falta de capacitação do profissional que cobre ciência e tecnologia. Muitos profissionais ao se deparar com um pesquisador ou um especialista na área, acaba se intimidando e encarando tudo como fonte de verdade, como num processo de manipulação ou até mesmo de alienação por parte do pesquisador. É interessante pensar sempre além do entrevistado, para não se tornar apenas um porta voz do pesquisador.
Da forma que o jornalismo científico se desenvolve no Brasil percebe-se que ele ainda é um bebê em fase de crescimento. E para que esse bebê possa crescer é necessário que as escolas de comunicação, possam ter uma conscientização sobre a importância da qualificação de profissionais para exercer um trabalho de boa qualidade.


O jornalismo científico, além de ter a responsabilidade de democratizar a informação para a sociedade, está comprometido em alertar a população a ficar atento, a diversos problemas que acontecem no Brasil, como exemplo, a poluição dos rios, a extinção de animais, doenças que podem afetar a saúde da população, o cuidado com a flora e fauna. Trazendo benefícios à própria sociedade, evitando desta forma alguns problemas futuros.


Há muito tempo a ciência e a tecnologia deixou de ser algo apenas discutido a nível acadêmico e ganhou espaço diante da comunidade leiga. Com essa transformação o jornalismo cientifico ganhou respalde para o processo de produção e divulgação da ciência e tecnologia. Exigindo assim uma nova postura do jornalismo científico comprometido com uma concepção crítica da produção.


Um bom exemplo para representar o crescimento do jornalismo cientifico no Brasil, é o estado do Rio Grande do Norte. Durante os últimos cinco anos, a divulgação científica no estado tem aumentado de forma significativa. Esses dados podem ser comprovados através da iniciativa de instituições como UFRN, IFRN, UERN, UnP e a FAPERN de incentivar e desenvolver a ciência e tecnologia no estado. Está última é uma instituição de apoio à pesquisa que tem como objetivo principal apoiar e fomentar os programas ou projetos de pesquisa voltados à área da ciência, tecnologia e inovação realizadas em instituições públicas ou privadas.


O estado do Rio Grande do Norte tem se mostrado como referência no Nordeste, quando o assunto é jornalismo científico. A Fundação de Apoio à Pesquisa do Estado do Rio Grande do Norte se destaca nessa luta pela evolução do jornalismo científico no estado. A FAPERN tem desenvolvido iniciativas como o “Prêmio FAPERN de Jornalismo”, que tem como objetivo o reconhecimento e a visibilidade das matérias jornalísticas publicadas nos veículos de comunicação do RN que tenham como tema o desenvolvimento científico e tecnológico do estado.


Outra iniciativa de grande destaque realizada pela FAPERN, foi o Primeiro Curso de Jornalismo Científico no estado. Voltada para a capacitação de profissionais na área do jornalismo científico. Essas iniciativas têm colocado o RN em destaque no cenário nacional, tornando-se referência para outros estados.


As empresas de comunicação no RN, em destaque os jornais impressos, como, Diário de Natal, Tribuna do Norte, Jornal de Hoje, Correio da Tarde, O Mossoroense, Gazeta do Oeste, Jornal de Fato, JH 1ª Edição, fazem parte desse crescimento no cenário do jornalismo científico. Nesses dois últimos anos, o jornal impresso passou a divulgar muito mais ciência, absorvendo periodicamente matérias de conteúdo científico. E um dos motivos para esse acontecimento, foi sem dúvida alguma, a qualificação dos profissionais e o incentivo que as instituições do estado têm desenvolvido nos últimos anos. De acordo com dados disponibilizados pela assessoria de comunicação da FAPERN, a divulgação científica aumentou de forma significativa na mídia impressa.


A FAPERN vem popularizando a informação científica no RN, e um dos seus grandes aliados, tem sido a Revista Ciência Sempre que é um instrumento de divulgação que tem como objetivo publicar e comentar o resultado das pesquisas de ciência e tecnologia no estado.
Os outros tipos de mídia também estão fazendo parte desta construção, por exemplo, os sites e blogs, vêm disponibilizando mais uma alternativa para a divulgação científica.


No Nordeste, além do Rio Grande do Norte, Ceará e Pernambuco também vem se destacando na área. O estado do Ceará está bem adiantado na formação dos seus profissionais, com a implantação do curso de especialização em jornalismo científico, promovido pela UFC em parceira com a FUNCAP. Seguindo o mesmo caminho do RN e CE, o estado de Pernambuco está aperfeiçoando seus profissionais na área. No mês de outubro será realizado em Pernambuco, O Curso Ciência e Mídia – Curso de capacitação em Jornalismo Científico. O curso promoverá ferramentas para a reflexão sobre os mecanismos e processos de cobertura de temas de ciência e tecnologia pelos distintos meios de comunicação.


Na prática o Nordeste vem cumprindo uma função importante no processo da alfabetização científica, buscando favorecer o contato com o cidadão comum, com as informações e conceitos em ciência e tecnologia.


Apesar das diversas questões discutidas durante todo o texto sobre o fazer científico, suas contribuições e dificuldades na sua produção. Seria muito impertinente apenas apontar conceitos, dificuldades, contribuições e destaques. Algumas respostas também podem estar na relação com um problema real e presente, como a dificuldade crônica da pesquisa brasileira.
Talvez seja necessário partir para uma reflexão mais crítica, analisando todo o seu contexto. Algumas respostas com toda certeza estão escondidas num passado, um pouco distante até, mas com muitas histórias ainda a serem descobertas.


Com a revolução científica que vivemos, conhecida como a III Revolução Industrial, e a crescente globalização que vem ocorrendo no mundo. Fica aqui um grande questionamento, será que os jornalistas de hoje conseguirão ter uma qualificação profissional adequada, para acompanhar os diversos acontecimentos da ciência e tecnologia pelo mundo? Estarão eles, aptos a produzir jornalismo científico?

* Gustavo Santos é jornalista e historiador.
E-mail: gustavo.sfernandes@yahoo.com.br

sexta-feira, 3 de julho de 2009

Fapern lança publicações e abre exposição de matemática


Por Gustavo Santos


Duas revistas, um livro e uma exposição científica estarão disponíveis para o público a partir dessa quinta, 09/07. O múltiplo lançamento da Fundação de Apoio à Pesquisa do Rio Grande do Norte (Fapern) é composto pelo livro Bom Dia Padre João Maria, a Revista Ciência Sempre nº 9 e a Exposição Por que a Matemática? Haverá ainda a apresentação da revista Perigo Iminente. O evento começa às 18h, no Sebrae.


Exposição “Por que a Matemática?”


Você já andou de bicicleta com rodas quadradas? Será que a linha reta sempre é o caminho mais breve? Você já viu brocas para fazer furos quadrados, ou mesas para três pessoas se transformando em mesas para quatro? Todas essas respostas você irá encontrar na exposição “Por que a Matemática?”.


A exposição estará aberta ao público a partir de 10 a 25 de julho, no horário das 9h às 17h, no Sebrae, localizado na Av. Lima e Silva, nº 76. Lagoa Nova. A exposição é composta por painéis e jogos interativos. Do telefone ao cartão de crédito, do CD-rom ao automóvel. É realizada através do incentivo da Fundação de Apoio à Pesquisa do Estado do Rio Grande do Norte (Fapern), em parceria com o Ministério da Ciência e Tecnologia (MCT). A exposição tem a entrada gratuita. As visitas deverão ser agendadas pelos telefones: 3232-1437 (Codese) ou 3232-1438 (Nupern), falar com Pedro Fernandes ou Denise Domingos. Visitas: de 2ª a 6ª, das 09 às 17h.


Bom Dia Padre João Maria


É resultado do seminário realizado em 2005, e compõe a Coleção Patrimônio Cultural Potiguar. O livro reúne professores, jornalistas, intelectuais, políticos e pesquisadores, que narram fatos e acontecimentos sobre o Padre João Maria. A governadora Wilma de Faria afirma na apresentação que as discussões no seminário e agora o livro impresso foram construídos diante de um olhar mais específico, nutrido tanto pelo distanciamento histórico quando das análises e interpretações, facilitadas pela documentação que emerge muitas vezes pelo passar dos anos. Os organizadores da publicação são os professores Jardelino Lucena e Isaura Rosado, que também foram coordenadores do Seminário.


Revista Ciência Sempre


A Revista CIÊNCIA SEMPRE Nº09, projeto da Fundação de Apoio à Pesquisa do Estado do Rio Grande do Norte, é um instrumento de divulgação que tem como objetivo publicar e comentar resultados de pesquisas de CT&I e assuntos de interesse para o desenvolvimento do RN, além de democratizar a informação para toda sociedade.


O Conteúdo da revista vai tratar da releitura de um clássico da ciência potiguar, o Dicionário de Astronomia e Astronáutica, de autoria de Jorge O’ Grady Paiva, feito em 1969, resenhado nesta edição pelo jornalista Vicente Serejo. A edição contará ainda com 13 textos dos pesquisadores que compõem o Programa de Desenvolvimento Científico Regional (PDCR), falando da Reverberação e plasticidade na consolidação das memórias: relações de causalidade a Abordagem de integração do sistema computacional para redução de perdas em redes de distribuição de energia com uma plataforma de controle multiagente. Relatada na coluna Fapern em Foco, a Oficina de Multimeios, ministrada pelo artista Paulo Bruscky é seguida por uma entrevista onde o artista fala sobre a relação entre arte e tecnologia à jornalista Michelle Ferret. A outra reportagem da Revista, de autoria da médica e estudante de jornalismo Luana Carlos Ferreira, fala sobre o curso de jornalismo científico realizado pela Fapern em 2008.


Perigo Iminente


A FAPERN apóia iniciativa de interatividade potiguar, retomando a visão futurista de Manoel Dantas cem anos depois e apresenta a revista “Perigo Iminente” edição Flor de Sal, coordenada pelo jornalista Adriano de Souza.


Perigo Iminente reivindica o que a conferência apresentou – o humor, a imaginação, desejos livres – para reinventar Manoel Dantas, rever a cidade-texto que ele construiu e projetou no espaço incerto dos próximos 50 anos. A edição é acompanhada de um fac símile da edição original da conferência, publicada em 1909 pela Imprensa Oficial.


Segundo o coordenador da publicação, a revista não pretende retratar exaustivamente a linha do tempo que vem de 1909 a 2009, nem analisar o autor e obra. Ele afirma que Não há um compromisso com a lógica documental nem com a técnica jornalística. “Perigo Iminente é um objeto futurível, feito de invenção e desejo, à semelhança da própria conferência e de outros símbolos que Manoel Dantas plantou no imaginário coletivo: o primeiro pijama de seda, a primeira árvore de Natal da cidade”, explica.

Estados do Nordeste terão R$ 27 milhões para Ciência e Tecnologia


Os recursos serão disponibilizados a fundo perdido pela Superintendência do Desenvolvimento do Nordeste (Sudene) e Banco do Nordeste, através do Escritório Técnico de Estudos Econômicos do Nordeste (Etene). Os secretários e representantes das instituições financiadoras estiveram reunidos na sexta-feira, dia 29, no Fórum Regional do Conselho Nacional de Secretários Estaduais para Assuntos de Ciência e Tecnologia (Consecti), realizado em Salvador.


A maior parte do valor será disponibilizado pela Sudene, chegando a R$ 22 milhões para 2009.
“O recurso está garantido, desde que os projetos sigam de acordo com seus cronogramas físico-financeiros”, explica o diretor de Planejamento e Articulação de Políticas da Sudene, Guilherme Maia Rebouças. Cabe aos estados definir um plano de ação para o uso dos recursos e estimular a ampliação dos esforços na área de C&T com foco na inovação.


O Banco do Nordeste disponibilizará R$ 5 milhões para os estados do Nordeste, a ser aplicado em projetos produtivos de inovação, o que inclui bolsas para mestrados e doutorados. “Em Sergipe, os recursos já estão sendo utilizados e nos demais Estados serão assinados termos de cooperação entre o BNB, através do Etene, e os governos estaduais”, relatou o Gerente de Ambiente do Etene, José Narciso Sobrinho.


Fonte: Jornal da Ciência

Abertas inscrições para bolsas de mestrado e doutorado direcionadas a estrangeiros da América Latina, Caribe e África


As inscrições para a seleção do Programa de Estudantes-Convênio de Pós-graduação (PEC-PG) já estão abertas. O edital é uma parceria do Ministério das Relações Exteriores (MRE), por intermédio do Departamento Cultural (DC), com o Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq), e a Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior (CAPES), que visa à capacitação de estrangeiros, oriundos da América Latina, Caribe e África, com bolsas de mestrado e doutorado.


O objetivo da seleção é conceder as bolsas visando o aumento da qualificação de professores universitários, pesquisadores, profissionais e graduados do ensino superior dos países em desenvolvimento com os quais o Brasil mantém Acordo de Cooperação Cultural, Educacional e de Ciência e Tecnologia. Essas bolsas serão concedidas em todas as áreas de conhecimento nas quais existam programas de pós-graduação que emitam diplomas de validade nacional.


Poderão participar da seleção cidadãos dos países em desenvolvimento com os quais o Brasil mantém Acordo de Cooperação Cultural, Educacional ou de Ciência e Tecnologia, que não possuam visto permanente no Brasil e, no caso de ter sido estudante do Programa de Estudantes-Convênio de Graduação (PEC-G), comprovar ter permanecido no país de origem por, pelo menos, dois anos após ter obtido o diploma brasileiro.


A duração das bolsas concedidas serão de dois anos para Mestrado e de quatro anos para Doutorado. A divulgação dos resultados sairá em dezembro de 2009 e as atividades acadêmicas começam em Março de 2010.


Serão 54 países participantes do PEC/PG, sendo 29 países da África, Ásia e Oceania e 25 países da América Latina e Caribe . As inscrições deverão ser feitas até o dia 31 de Julho por meio do preenchimento do Formulário de Inscrição on-line.


Confira o edital na íntegra: www.cnpq.br/editais


Fonte: Ass. Comunicação Social CNPq