O encontro vai decorrer na Fundação Calouste Gulbenkian, em Lisboa, nos dias 12 e 13 de Outubro. Durante a reunião vão discutir-se vários temas com principal enfoque na posição que as mulheres assumem na construção e aplicação da ciência.
Helena Pereira, presidente da AMONET e docente do Instituto Superior de Agronomia (ISA), considera que “em Portugal as mulheres têm um papel proeminente no desenvolvimento científico, no entanto no que respeita a carreiras e lugares de gestão e poder os homens acabam por dominar”. Para a cientista é necessário discutir esta “desvantagem do sistema” e perceber por que continua a evidenciar-se uma ocupação maioritariamente masculina em cargos de elevado peso.
O encontro vai reunir cientistas de ambos os sexos oriundos de Portugal e de diversas partes do mundo (EUA, Brasil, Inglaterra e Espanha, entre outros). Para a presidente da AMONET esta partilha de conhecimentos permite “trazer experiências de outros países, alguns dos quais já criaram este tipo de associações há mais tempo que Portugal”.
Ao longo dos dois dias de conferências vão poder observar-se posters e ter acesso a dados indicadores como o número de mulheres que têm uma formação superior, que lugares ocupam na carreira ou na investigação. Segundo Helena Pereira “é preciso analisar uma distribuição de cargos por género para se perceber o porquê de uma evolução tão lenta na ocupação das mulheres nesta área”.
Homens apoiam a AMONET
Embora conte com uma grande percentagens de membros do sexo feminino, a associação não deve ser encarada como um movimento feminista científico, uma vez que conta com associados do sexo masculino que vão dar o seu contributo no encontro. A docente do ISA refere que existem homens que “se identificam com as questões da discriminação das mulheres na ciência”.
A Associação Portuguesa de Mulheres Cientistas é uma instituição sem fins lucrativos que pretende criar um grupo organizado que defenda o papel das mulheres na ciência, mas também tem como objectivo principal fomentar a investigação no geral e nos jovens em particular.
Fonte: CiênciaHoje
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