Astrônomos reunidos na 27ª Assembleia Geral da União Astronômica Internacional (IAU, na sigla em inglês), que termina hoje no Rio, lançaram uma resolução "em defesa do céu noturno e pelo direito à luz das estrelas". O texto afirma que "um céu noturno não poluído, que permita a contemplação do firmamento, deve ser considerado um direito sociocultural e ambiental fundamental". Mais adiante, acrescenta: "A progressiva degradação do céu noturno deve ser vista como uma perda fundamental".
Para defender esse direito universal de ver as estrelas, astrônomos brasileiros criaram a Maratona da Via Láctea. Até o próximo mês, os cientistas vão promover encontros para o público medir e conhecer o impacto do excesso de luz na cidade em que vive. Na campanha realizada pelos escritórios brasileiros do Ano Internacional da Astronomia (IYA2009, na sigla em inglês) são mostrados vários mapas da constelação de Escorpião com o céu variando de mais escuro ao mais claro.
Ao comparar as imagens, a pessoa dirá qual é o céu que vê em sua cidade. A maratona está dentro de uma campanha nacional contra a iluminação excessiva, que teve várias recomendações aprovadas ontem na assembleia-geral. Entre as sugestões estão o investimento no astroturismo e a racionalização da iluminação.
"A constelação de Escorpião fica no meio da Via Láctea e pode ser apreciada de todo o Brasil. Com essas impressões montaremos um mapa celeste do que as pessoas deixam de ver em todo o país, do céu que desconhecem. Ali teremos a medida exata do impacto da poluição", informa Augusto Damineli, representante brasileiro do IYA2009. Segundo ele, no Rio, seria possível ver a olho nu até 5 mil estrelas, mas com a poluição luminosa calcula-se que não passe de 150 as observadas.
Para Damineli, a maratona vai corroborar o que as fotos de satélite mostram. De acordo com o cientista, 30% da iluminação elétrica é jogada para o céu, ou seja, desperdiçada. "A poluição luminosa é a mais fácil de combater, porque em vez de empregar dinheiro, você economiza", diz . Uma das medidas, segundo ele, é colocar tiras de alumínio ao redor das lâmpadas dos postes para direcionar a luz para baixo. Com isso pode até diminuir a potência das lâmpadas. Um condomínio em Friburgo fez isso e diminui em 50% o custo da iluminação.
"Mais de 2 bilhões de pessoas em todo o mundo não enxergam mais a Via Láctea. Para nós, o céu é um patrimônio da humanidade", defende o astrônomo.
A campanha quer também conscientizar as pessoas e incentivar a busca pelo céu estrelado. No Chile, segundo ele, o turismo astronômico começou a dar dinheiro. Muitas pousadas mudaram a iluminação para isso. Uma cartilha com dicas de iluminação para o astroturismo está sendo elaborada pela IYA2009.
Para defender esse direito universal de ver as estrelas, astrônomos brasileiros criaram a Maratona da Via Láctea. Até o próximo mês, os cientistas vão promover encontros para o público medir e conhecer o impacto do excesso de luz na cidade em que vive. Na campanha realizada pelos escritórios brasileiros do Ano Internacional da Astronomia (IYA2009, na sigla em inglês) são mostrados vários mapas da constelação de Escorpião com o céu variando de mais escuro ao mais claro.
Ao comparar as imagens, a pessoa dirá qual é o céu que vê em sua cidade. A maratona está dentro de uma campanha nacional contra a iluminação excessiva, que teve várias recomendações aprovadas ontem na assembleia-geral. Entre as sugestões estão o investimento no astroturismo e a racionalização da iluminação.
"A constelação de Escorpião fica no meio da Via Láctea e pode ser apreciada de todo o Brasil. Com essas impressões montaremos um mapa celeste do que as pessoas deixam de ver em todo o país, do céu que desconhecem. Ali teremos a medida exata do impacto da poluição", informa Augusto Damineli, representante brasileiro do IYA2009. Segundo ele, no Rio, seria possível ver a olho nu até 5 mil estrelas, mas com a poluição luminosa calcula-se que não passe de 150 as observadas.
Para Damineli, a maratona vai corroborar o que as fotos de satélite mostram. De acordo com o cientista, 30% da iluminação elétrica é jogada para o céu, ou seja, desperdiçada. "A poluição luminosa é a mais fácil de combater, porque em vez de empregar dinheiro, você economiza", diz . Uma das medidas, segundo ele, é colocar tiras de alumínio ao redor das lâmpadas dos postes para direcionar a luz para baixo. Com isso pode até diminuir a potência das lâmpadas. Um condomínio em Friburgo fez isso e diminui em 50% o custo da iluminação.
"Mais de 2 bilhões de pessoas em todo o mundo não enxergam mais a Via Láctea. Para nós, o céu é um patrimônio da humanidade", defende o astrônomo.
A campanha quer também conscientizar as pessoas e incentivar a busca pelo céu estrelado. No Chile, segundo ele, o turismo astronômico começou a dar dinheiro. Muitas pousadas mudaram a iluminação para isso. Uma cartilha com dicas de iluminação para o astroturismo está sendo elaborada pela IYA2009.
Fonte: O Estado de SP
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